O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, visitou esta terça-feira, em Braga, as instalações do Grupo SPORMEX em contexto de aprofundamento sobre as repercussões negativas, imediatas e futuras no cenário de pandemia atual, nas empresas deste setor de atividade.
“É de facto devastador perceber que uma empresa que é responsável pela montagem de estrutura de eventos está neste momento paralisada”, referiu.
Dados a ter em consideração neste setor de atividade:
- 350 empresas ligadas ao setor com um volume de negócios na ordem dos 750 000 000€;
- Taxa de exportação de 40%, aproximadamente 300 000 000€;
- Empregabilidade de aproximadamente 100 000 trabalhadores.
A atividade em si não está diretamente impedida de laborar pelo Governo, mas a sua cadeia económica está totalmente quebrada, também fruto do impedimento de algum aglomerado de pessoas. Portugal não pode ficar mutilado de empresas vocacionadas para este ramo.
“Embora o tipo de serviços que presta não estejam proibidos nos termos da lei, a verdade é que não existe mercado nem procura interna porque a confiança dos consumidores, nesta altura, não permite a realização de eventos”, reiterou. “É necessário que o Estado apoie estas empresas, que em Portugal representam um volume de negócio de cerca de 750 milhões de euros e mais de cem mil trabalhadores, para poderem sobreviver a este período de contração económica e poderem salvar estes postos de trabalho. Por essa mesma razão, entendemos que devem estar incluídas no mesmo lote daquelas empresas cujas atividades estão, neste momento, proibidas. Que seja possível estender o apoio do Lay-off simplificado até ao final do ano” – explicou – “para que o Estado mais tarde não tenha de gastar muito mais dinheiro com prestações sociais e com subsídios de desemprego, tendo já o nosso tecido económico e empresarial completamente devastado.”
“Entendemos que é fundamental, nesta altura, o Estado tomar uma opção em apoiar aqueles que são o motor da nossa economia. Os serviços são, por excelência, o setor que mais contribui para a criação de emprego e de atividade económica em Portugal.”
“Nesta altura, consideramos que o Estado deve ser um aliado destes parceiros económicos e temos que ajudá-los a ultrapassar este período crítico sabendo que se não o fizermos vamos ter um despedimento em massa e estaremos a destruir uma área onde nós somos altamente competitivos, competentes e inovadores. É exatamente o caso do Grupo SPORMEX, que é um exemplo a nível nacional.“