“São precisas medidas urgentes e proporcionais à devastação que a nossa actividade está a sofrer”.

Ricardo Rio, Associação Comercial de Braga, Assembleia da República visitam a Spormex para conhecer as dificuldades eventos em Portugal

  • “São precisas medidas urgentes e proporcionais à devastação que a nossa actividade está a sofrer”
    Presidente da Câmara Municipal de Braga Dr. Ricardo Rio, o presidente da Associação Comercial de Braga e demais deputados eleitos pelo círculo de Braga visitaram instalações SPORMEX
     

O Grupo SPORMEX contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Braga, Dr. Ricardo Rio, o presidente da Associação Comercial de Braga, Dr. Macedo Barbosa e demais deputados eleitos pelo círculo de Braga com vista à consciencialização da devastação derivada da atual situação que atravessa o setor dos eventos e exposições.Este contexto induziu todas as organizações que se dedicam à montagem de estruturas para eventos nacionais ou internacionais – nomeadamente, stands, tendas, estruturas conexas, som, imagem e luz – à paralisação integral da sua atividade, sem qualquer antevidência da sua retoma. Acresce-se ainda o caráter de sazonalidade, com predominância absoluta na época de Verão, onde se incide a generalidade dos eventos regionais, entretanto, cancelados.

Sediado em Braga, o Grupo SPORMEX, com uma faturação superior a 17 milhões de euros, consiste em 250 trabalhadores, 14 pavilhões industriais, 35.000m2 e mais de 10 mil clientes. Com mais de 30 anos de experiência, é líder nacional na montagem de estruturas de eventos como feiras, stands e tendas. É também referência a nível internacional, com presença em toda a Europa. Estando a bater todos os recordes anuais e prevendo o melhor ano de sempre, o grupo vê hipotecado o seu futuro perante o cenário de cancelamento de eventos. Ainda que o tipo de serviços que presta não esteja proibido nos termos da lei, na prática não existe mercado nem procura interna derivada da inexistente confiança dos consumidores, que nesta altura não permite a realização de eventos. Este setor necessita de ser devidamente analisado pelo Governo, já que representa 350 empresas ligadas ao setor com um volume de negócios na ordem dos 750 000 000€, com uma taxa de exportação de 40%, aproximadamente 300 000 000€ e uma empregabilidade de aproximadamente 100 000 trabalhadores.

Salienta-se que estas organizações, procuradas pelo mercado internacional, elevam o nome de Portugal no estrangeiro com vários prémios de design, engenharia e inovação, sendo diretamente responsáveis pelo aumento da exportação nacional e contribuindo para o equilíbrio da balança comercial. São também estas empresas que, com os seus equipamentos, estão na retaguarda de eventos atrativos para o turismo de negócio através das feiras internacionais, com produções que contribuem para uma distribuição equilibrada do turismo no país. Cientes das repercussões negativas, imediatas e futuras neste cenário em que vivemos, as empresas deste setor de atividade recorreram a algumas das medidas de apoio que o Governo disponibilizou – nomeadamente o Lay-off e a linha Covid-19. No entanto, teme-se um impacto financeiro negativo substancialmente maior, tendo também em consideração que alguns apoios foram encerrados sem que a eles tivessem acesso. É possível, à data de hoje, afirmar-se que a atividade não será retomada, na sua normalidade até ao final do ano. As atuais medidas propostas pelo Governo são essencialmente nulas e não estão de acordo com as verdadeiras necessidades do setor. Perante esta conjuntura de extrema vitalidade, foi proposto uma análise adequada de medidas que possam evitar o agravamento deste contexto potencialmente catastrófico ao tecido empresarial nacional. Em resultado do panorama exposto e caso não sejam tomadas outras medidas pelo Governo, estas empresas, paralisadas há quatro meses, correm sério risco de insolvência. Ficando evidente o agravamento do desemprego. Os mais recentes estudos socioeconómicos revelam que o papel de empresas como as do Grupo SPORMEX será absolutamente crucial para o salto económico que se avizinha. Em especial para Portugal, país que é dos que mais depende de Eventos, Turismo e congressos.

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